A reciclagem do plástico desempenha um papel fundamental na mitigação das
mudanças climáticas, contribuindo significativamente para a redução dos gases de
efeito estufa (GEE). A produção tradicional de plástico, a partir de recursos fósseis
como o petróleo, é altamente emissora de carbono. Ao optar pela reciclagem,
reduzimos a demanda por matéria-prima virgem, o que diminui a necessidade de
extração e processamento desses recursos, resultando em uma redução direta das
emissões de carbono associadas.
Além disso, a reciclagem evita o acúmulo de resíduos plásticos em aterros sanitários,
onde podem se decompor e liberar gases como o metano, um GEE extremamente
potente. Dessa forma, ao reciclar, prevenimos a liberação desses gases provenientes
da decomposição anaeróbica do plástico descartado. A reciclagem também
economiza energia, pois geralmente requer menos recursos energéticos do que a
produção de plásticos a partir de matérias-primas virgens.
Ao adotar a reciclagem em nossas práticas diárias, fortalecemos a economia
circular, reduzindo a necessidade de novas produções e promovendo o uso mais
eficiente dos recursos disponíveis. Conforme estabelecido pela Política Nacional de
Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), os pequenos e médios municípios devem
implementar programas voltados à redução, reutilização e reciclagem de resíduos,
com a meta de reduzir em até 30% o volume de resíduos plásticos gerados
anualmente. Essa legislação destaca a importância da gestão adequada dos
resíduos, contribuindo diretamente para a redução das emissões de gases de efeito
estufa. Assim, a reciclagem de plásticos torna-se um elemento crucial no combate às
mudanças climáticas e na preservação ambiental, especialmente em comunidades
menores, que enfrentam desafios cada vez maiores na gestão de resíduos.
